Antonio de Albuquerque
Sorrindo de alegria, num espaço sublime entre contos, encantos e poesias.
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Antonio de Albuquerque

Nesta fascinante, alegre e feliz viagem tão singela
Num distante lugar próximo ao Pico da Neblina
Numa casa à beira de um rio de água cristalina
No movimento das ondas suaves e incessantes
Em silêncio, escuto o ameno murmúrio da água do rio
Em constante movimento singrando para o mar distante

Assim,  ponho-me a admirar a amorosa Natureza!
Que nos concede tudo que queremos e sonhamos
Mas, ainda não entendemos a extensão do Amor,
Tão transcendental, simples, descomplicado
Amor infinito, gênese de toda a existência humana
Da minha existência em benditos clamores e louvores
Pelas dores sentidas de amores idos no tempo
De enigmas e mistérios que desvendei, ínfimos passos
Revendo o lugar de amor e encantamento dos meus sonhos
Tingido de luz brilhante e harmoniosa, enxergando as belezas

Com os olhos rasos d’água, sentindo a paisagem luminosa
De tudo que já senti nesses lugares em flores, ternura e calor
Aqui, encantado pela chuva, flores e sublimes nasceres
Do sol, lua, estrelas e astros nas noites e manhãs alvissareiras
Quero descalço correr entre cajaranas, sororocas e palmeiral
Nas águas, conversando com Botinhos, peixinhos e passarinhos
Ouvindo o incansável cantar das maritacas, tucanos e araras
Na implacável sinfonia das tardes vermelhas e manhãs douradas
No lago, colhendo peixinhos sentindo a alegria de libertá-los
Contemplando o Rio encantado e admirando o temerário rebojo
Participando das danças indígenas, entre irmãos sentir a alegria
Escutando prazerosas e longas histórias da cultura Ianomâmi
Remando na canoa de Itaúba, atravessando o longo remanso
Ver o sol se despedindo e de ouro tingindo o majestoso vergel
Assistir o jantar, ser servido sob as lamparinas clareando e a reza

Depois, deitado na rede, repetir as histórias de quando tudo era mar
E no profundo silencio da noite, ouvir o piar dos passarinhos da noite
O esturro das onças e dos guaribas, que parecem gritos sincronizados
O raiar do dia, os pingos dourados do sol penetrando na palhoça
Construída de cedro e palhas entrelaçadas, perfeição em arte indígena
Admirar os passarinhos pintando o céu azul, de branco verde e amarelo
Qual uma imensa tela destacando a bandeira da amada Pátria brasileira
Voltando para casa, voando bem baixinho, com vontade de ficar
Mas com uma saudade medonha desse povo simples
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Antonio de Albuquerque
Enviado por Antonio de Albuquerque em 07/10/2019
Alterado em 08/10/2019
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